terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

4ª Parte - O Diário De Jane.

Johnny que observava tudo falou segurando Mike:
- Calmo ai garotinho! Acho que Jane está cansada da viagem, melhor levá-la pra conhecer seu quarto e depois ela desce para comer, o que acha? – Ela acariciou os cabelos do garotinho respondendo:
- Oh, de qualquer jeito está bom Johnny! – O garoto foi correndo para recepção pegar as malas e Nick foi atrás.
- Você veio para trabalhar ou estudar, Jane?
- Estudar, pretendo me tornar médica. – Jane sorriu mostrando os dentes e Chyoko olhou para Johnny quando disse:
- Que coincidência! Ben é médico! – A moça olhou admirada para Chyoko:
- Ben... Seria o Benjamin que toca piano?
- Sim, sim! – Disse Johnny cruzando os braços – Se precisar de ajuda já tem alguém, olhe só!
- Nossa! Que bom! Só falta eu conhecê-lo agora! – Jane sorria olhando as escadas. Mike veio correndo segurando todas as malas sem esforço nenhum:
- Aqui, vamos para o seu quarto! – O garoto correu subindo as escadas e Jane o seguiu sem correr, passando a mão direita sobre o corrimão. Era uma escadaria bem alta e larga. O lugar era perfeito. Realmente um desperdício ninguém se hospedar lá, mas mesmo assim a garota preferia lugares quase vazios, daquele jeito mesmo. Foi então que acabaram as escadas e eles chegaram em um corredor comprido com as mesmas características do salão, só que com pequenos castiçais nas paredes, que iluminavam fracamente as portas rústicas dos quartos. O menino continuava a correr um pouco, sem se importar com a peso das bagagens. Ele com certeza já era acostumado a carregar malas. Mas era um pouco cômico ver um menino tão pequeno carregar aquele tanto de malas sem um pingo de esforço. Foi então, que Jane se aproximou dele dizendo:
- Ei Mike, deixe-me carregar as malas pequenas, huh?
- Bem, se você quer... tudo bem! – Entregou as malinhas mostrando um pouco de alívio, sorrindo. Quando ela pegou as malas, começou uma melodia em piano sombria, bem perto deles. Mike andou mais rápido, falando:
- Ei! Vamos colocar isso no seu quarto, ai você pode conhecer o Benjamin! – Jane balançou positivamente a cabeça, continuando a seguir o garoto.
O garotinho virou o corredor, mas Jane teve que parar, a música parecia estar com ela. Duas portas grandes estavam abertas e bem no meio de um salão menor que o primeiro, havia um piano negro. Havia quatro janelas grandes que davam pra ver a chuva forte. E no piano, estava sentado um homem. Ele tocava concentrado, a música que ela tinha escutado antes. Jane ficou a olhá-lo, concentrada em cada detalhe. Ele tinha o cabelo escuro e estava usando um casaco negro que destacava ainda mais sua pele, que parecia ser bem branca. As mãos dele eram ligeiras e tocavam perfeitamente aquela música, sem errar uma nota. Parecia que ela já tinha ouvido aquela melodia, que conseguia fazê-la sentir um pouco de medo, aquele medo de quando ela viu aquele lugar lindo, sob as sombras da noite. Usava também uma calça de um jeans escuro e um tênis da marca Adidas. O lugar estava bem escuro, só dois castiçais estavam acesos e o lustre não muito grande, que se situava no centro do teto, estava apagado. A garota subiu os olhos claros por todo ele e levou um susto quando finalmente percebeu, que ele havia parado de tocar e estava observando-a.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

3ª Parte - O Diário De Jane.

- Que bom que está aqui, senhorita Jane! Fazia muito tempo que não recebíamos nenhum hospede! – Johnny olhou bravo para Mike que percebeu o que havia dito e colocou as duas mãos na boca.

- Sabe Mike, eu prefiro mesmo é privacidade. - Disse Jane, sorrindo.

- É sim... Jane. Deve fazer meses que ninguém se hospeda aqui. São apenas eu, Mike, Chyoko e Benjamin. E é claro, o pequeno Nick. – Johnny havia ficado com uma expressão meio triste enquanto falava, então, logo pegou alguns papéis encarando - a com um leve sorriso.

- Como disse, eu não gosto de lugares muito cheios, então o que Mike disse não seria motivo de preocupação para mim... senhor... Johnny. Esse povo que mora na cidade não sabe o que está perdendo de não vir para cá! – O garotinho sorrio mostrando os dentes e gritou:

- Viu, Johnny! – O homem sorriu, olhando para baixo.

- Bem, Jane, temos muitos quartos vagos, então pode escolher qualquer um! Menos o 65... Benjamin está lá. – Neste instante a moça olhou para uma porta que parecia levar a um salão e escutou uma linda melodia em piano, bem longe.

- Olha só! É ele tocando, toda tarde, quando está quase escurecendo ele toca piano lá encima. – Jane olhou maravilhada para o homem.

- Tem um piano aqui? Nossa!

- Tem sim! – Gritou Mike.

- É, o piano era da minha avó e também tem muitas coisas dos antepassados da Chyoko... – Ela se virou olhando-o.

- E quem seria... Chyoko?

- É a cozinheira daqui, ela cuida da gente! – Animado, o menino respondeu a pergunta.

- Hum, vou conhecer muita gente nova aqui, huh? – Jane sorrio alegre dando alguns passos, olhando a casa. A chuva começava a ficar forte lá fora e a noite já havia encoberto todo aquela bela paisagem. Começava a dar um pouco de medo.

Jane já se sentia bem entre seus novos companheiros e o medo que quis dominá-la ao olhar aquele lugar mais frio e sombrio foi embora. Foi então que adentrou a porta que havia olhado antes. Ficou encantada: Era uma sala enorme, que tinha uma escada de grades ao lado, desenhadas como a do portão de entrada, degraus e o chão também feitos em mármore cinza claro. Apesar da cor ser clara, o lugar mantinha uma penumbra leve, que o deixava mais elegante. Alguns móveis rústicos o enfeitavam. Ela passou os dedos brancos entre os cabelos negros, enquanto admirava tudo, em silêncio. Johnny, Mike e o pequeno Nick a olhavam em silêncio também, com um ar alegre. Jane olhou para cima e viu um enorme lustre todo em cristais e com as lâmpadas iguais ao da recepção, imitando castiçais e velas. O centro do salão era livre de qualquer móvel ou enfeite, parecia ser para festas ou algo assim. As paredes em mármore também, com algumas colunas que enfeitavam. Nick deu latido alto tirando Jane do transe da observação, fazendo-a se assustar um pouco. Johnny bronqueou:

- Nick, silêncio! – O cãozinho balançou o rabo e Jane sorriu cruzando os braços se virando para eles:

- Tudo bem, às vezes fico fora de mim, observando as coisas, é normal... – Nesse mesmo instante ela ouviu uma voz feminina madura e serena:

- Então você é igual a mim, bela moça. – Jane se virou de volta, encarando uma senhora japonesa, de uns 60 anos, cabelos amarrados com um coque e roupas de seda em cores claras. Seu sorriso era mais sereno que sua voz e sua face revelava que fora uma mulher muito bonita no passado e isso se refletia até hoje.

- Ah, olá senhora... Chyoko, não?

- Isso mesmo minha jovem. Sou a cozinheira daqui. Com certeza o pequeno Mike já disse para você. – Ela sorria o tempo todo, encarando Jane.

- Sim, ele já disse. Prazer em conhecê-la, Senhora Chyoko.

- O prazer é meu, bela Jane. – A moça sorriu segurando a mão de Chyoko quando Mike falou para todo mundo escutar:

- Você já fez o jantar né, Chyoko?!

- Com certeza! – O garotinho correu e segurou a mão de Jane:

- Então venha, venha, a comida de Chyoko é ótima!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

2ª Parte - O Diário De Jane.

- Princesa! Aqui estão suas malas. – Ela olhou para ele, agradecendo com um gesto.

- Agora, você segue essa estrada e quando chegar naquele portão já vai avistar um casarão. É lá. – Colocou as malas pequenas penduradas em seu corpo e segurou as outras duas grandes enquanto ele falava.

- Ah, certo. Muito obrigada senhor. – Ele piscou para ela, abrindo a porta do carro. Jane se virou começando a andar, mais foi interrompida.

- Ei!

- Sim? – Disse ela se virando.

- Como é seu nome?

- Meu nome é... Jane. – O taxista balançou a cabeça positivamente.

- Tchau Jane! – Ligou o carro e saiu rápido deixando para trás apenas as marcas dos pneus.

Ela se viu sozinha, andando rumo ao desconhecido. Olhando o lugar, ela pensava que realmente valia a pena estar lá. A paisagem era maravilhosa, mesmo que estivesse em um dia chuvoso e muito escuro. As árvores eram muito grandes e majestosas. Havia um gramado denso por tudo o lugar, foi então que ela se aproximou do portão. Era feito de grades negras desenhadas até encima. Ela respirou fundo, soltando o ar que saia em forma de fumaça branca, pela temperatura do local.

- Nossa... – Jane admirava cada detalhe daquele portão e imaginava como seria o resto daquele lugar lindo. Empurrou-o já avistando aquele casarão branco, que ela admirou ainda mais. Continuou andando até chegar à escada que levava a porta principal. Foi então que algo a surpreendeu, um cachorro pequeno, veio correndo para o seu lado, latindo muito. Jane se assustou, e levantou as malas se afastando.

- Oi cachorrinho... Calma... – Logo, ela escutou uma voz:

- Nick! Vem cá garoto! É visita! Nick! – Um menino de uns dez anos, cabelos castanhos e olhos azuis, veio se aproximando batendo na perna em forma de chamar atenção do cachorro. O mesmo, correu feliz e pulou em seu colo, balançando o rabo.

- Olá... Posso ajudá-la? – Ela colocou as malas no chão, falando:

- Sim, vim me hospedar aqui. – Sorriu serenamente, encarando o garoto.

- Aqui?! – O menino sorriu animado, olhando ela inteira.

- Sim! – Balançou a cabeça positivamente, olhando o cachorrinho.

- Ta, ta eu vou falar com o Johnny! Pode vir entrando! Nossa! – Ele correu rápido para dentro e o cachorro fez o mesmo depois de ser colocado no chão. Ela entrou devagar no casaram que estava bem iluminado, pois a noite já caia e uma outra chuva vinha vindo. Não havia sinal de nenhum outro hospede, mas Jane se sentia a vontade. Colocou as malas no chão lá dentro, aproximou-se de um balcão de madeira maciça que encima havia um abajur de tecido rosado e antigo. Tudo lá era bonito e bem rústico. Ela tirou uma das bolsas do corpo e colocou encima do balcão, olhou para cima vendo um pequeno lustre cheio de pedras que lembravam diamante e com pequenas lâmpadas que lembravam castiçais. Quando abaixou a cabeça, avistou um homem alto de cabelos grisalhos que vinha apresado ao lado do menino e do cachorrinho. Ela sorriu mostrando os dentes.

- Olá! – Afastou-se do balcão indo a eles. O homem se aproximou pegando a mão dela, balançando de leve.

- Olá, querida! Sou Johnny Manner, estou muito feliz que tenha vindo se hospedar aqui. Aquele ali é meu ajudante Mike e seu inseparável amigo Nick. – O garotinho sorriu balançando a mão para Jane e o cachorrinho que havia vindo hostil no primeiro encontro estava sentado balançando o rabinho observando-a.

- Oh, senhor, o prazer é todo meu! Sua pousada é linda e eu estou me sentindo muito a vontade! – Johnny estava com um sorriso radiante e escutava atento a todas as palavras de Jane enquanto se dirigia para trás do balcão.

- Não precisa me chamar de senhor, me chame de Johnny! E que bom que está gostando daqui... Senhorita?

- Jane. – Disse tirando as outras duas malas que estavam penduradas e seu corpo.

- Mas quero que me chame só de Jane também! – Sorriu olhando envolta. Mike, que observava tudo, se aproximou sorrindo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Diário De Jane.

(Baseado no clipe da banda norte americana Breaking Benjamin: “The Diary Of Jane”)
(História criada Por: M&M)

“O céu permanece do mesmo jeito, desde que cheguei aqui. A chuva parece eterna e você se acostuma rapidamente com o frio... É, bem vinda à cidade grande, Jane”. Escrevia em um diário não muito grande de capa marrom escura. Ela olhou para o lado de fora do táxi, através da janela molhada. A moça de olhos esverdeados, de aparentemente uns vinte anos, cabelos negros compridos e ondulados que não chegavam ao meio das costas, pele bem branca e traços finos, franzia a testa ao ver o movimento da cidade grande. Apertou a caneta negra entre os dedos, a qual escrevia em seu diário. Olhando as últimas linhas que havia escrito ela fechou-o guardando em uma bolsa média. O taxista de barba rala e boné na cabeça segurou o retrovisor olhando bem em Jane. Sorriu passando os dedos da mão direita na barba, sussurrando:
- E ai boneca... Está tão quietinha ai! Me diga, chegou na cidade que dia?
- Hoje de manhã, senhor. – Ela falou expressando um pequeno sorriso nos lábios delicados.
- Ah... Então não conhece nada dessa selva de pedra. Nova Iorque pode ser sua melhor amiga, sabe... Mas pode acabar com você também! – Deu uma risada alta que incomodaria qualquer pessoa que tivesse a um metro dele. Ela sorriu mostrando os dentes e logo falou, inclinando o corpo um pouco para frente:
- Então... Já estamos chegando?
- Sim, daqui uns... – Olhou em volta e voltou a encará-la pelo retrovisor –... 20 minutos, creio que já estaremos lá! – Jane fez uma expressão meio preocupada encostando as costas no banco do carro. Limpou o vidro embaçado, olhando bem lá pra fora. Já estavam em uma rodovia que tinha árvores dos dois lados. E mais ninguém. Jane cruzou os dedos das duas mãos em sinal de nervosismo e voltou a perguntar:
- É... É... Nós estamos no caminho certo?
- Não se assuste princesa! Você me pediu que te levasse para pousada Johnny Manner? É pra lá que estamos indo!
- Mas, ainda estamos em Nova Iorque? – Ele deu mais uma daquelas risadas. – Mas é claro que sim, doçura! Acontece que essa pousada que você me pediu para levá-la é bem longe daquele tumulto de Nova Iorque! Poucas pessoas se hospedam lá. – Ela sorriu ainda nervosa. Não conhecia ninguém naquela cidade gigante. E estava com medo daquele homem que já tinha a elogiado de três jeitos diferentes. Analisou a blusa listrada dele com duas cores diferentes, o jeans surrado e o boné vermelho que fazia propaganda de um tal de “Bobby’s”. Apertou os lábios olhando no retrovisor:
- Você disse que pouca gente se hospeda lá, por que exatamente?
- Oras! Foi o que lhe disse, fica longe do centro da cidade. Eles chamam aqui de “os subúrbios de Nova Iorque”. – Jane suspirou colocando a mão esquerda sobre a bolsa. Sempre foi muito observadora, desde seus seis anos. Então colocava todos aquele detalhes em diários. Encheu muitos, com relatos detalhados das coisas que viveu. Mas a literatura não fora a que escolheu, sim as biológicas. Seu sonho era ser médica. Então por isso mudou-se para a cidade grande.
Uma freada brusca levou Jane a voltar à realidade e parar de analisar as árvores que passavam pelos seus olhos. Seu corpo foi para frente com força, mas ela conseguiu se segurar no banco da frente.
- Me desculpe! É que se andasse mais um pouco iríamos passar do lugar. Chegamos. – Gritou o taxista, que se virou para trás, olhando-a.
- Não foi nada...- Pegava umas pequenas bolsas que havia deixado no chão do carro, enquanto falava.
- Bom, se já chegamos... Quanto fica a viajem? – Ela tirou uma mecha de cabelo do rosto, encarando-o.
- Ah, sim! São cinquenta dólares. – Jane colocou a mão no bolso do casaco de lã preto, retirando uma nota.
- Foi... Uma viajem longa, não é...
- Com certeza! Por isso esse preço! – O homem pegou a nota rapidamente e abriu a porta do carro, falando:
- Desça boneca! Vou pegar suas malas. Ela se encostou no banco suspirando. Já estava um pouco surda, pois aquele homem falava muito alto. E já haviam ido cinquenta dólares do pouco que sua mãe havia lhe dado. Desceu, pisando na grama molhada e olhando em volta. Havia uma estrada de barro bem longa do lado esquerdo dela. E bem lá na frente um portão de grades. Jane apertou os olhos para observar o mesmo, mas não conseguia enxergar, pois estava longe.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Bem pessoal, eu passei aqui pra avisar que a história "Luxúria negra" vai dar uma paradinha, ou seja, vai ficar guardada e outro dia eu posto o resto. O motivo são dois: O começo das aulas e uma nova e ótima história. Desculpem aos que estavam lendo, mas prometo que logo vocês saberam o resto.

No mais quero agradecer as pessoas que estão seguindo a M&M histórias e pedir que se um dia lerem as história, deixem um comentário :D queremos melhorar cada dia mais nossa forma de escrever.

Beijos pra todos e um ótimo 2010!