segunda-feira, 30 de agosto de 2010

19ª Parte - O Diário De Jane.

Todo aquele dia expunha para Jane que aquele ano seria marcante em sua vida. Talvez tudo mudasse. Ou já tivesse mudado. Depois de conversar um pouco com Vanessa, a moça chamou Jane para dar mais uma volta pelo hospital. A garota conheceu outros enfermeiros e alguns pacientes. Logo a hora do almoço chegou. Ela e Benjamin almoçaram juntos com a nova amiga e o doutor Edgar. O tempo passou rápido e quando ela viu, já eram sete horas da noite. A jovem sabia que seu amigo não ficaria de plantão aquela noite. Então, ficou a esperá-lo na porta do hospital. Nova Iorque, como Jane já sabia, a cidade que nunca para. Os carros continuavam passando na rua e ao longe podia se ver um engarrafamento sendo formado. O barulho de buzinas, pessoas, mesmo àquela hora, continuavam fortes. Ela estava na calçada olhando tudo. Um cara negro, com dreads compridos, o qual fumava um cigarro passou perto da mesma, quase encostando. Logo em seguida, passaram outras pessoas. O asfalto estava encharcado e a esquerda de Jane a alguns metros, havia um bueiro. Dele saia uma fumaça branca. De repente foi surpreendida pela voz de Ben:

- E então? Vamos pra casa? – Ela sorriu olhando moço:

- Sim, sim. Qual ponto de ônibus iremos?

- Aquele ali, do outro lado da rua. – Neste instante, os dois atravessaram a rua e foram sentar sob a proteção do ponto. O moço que não tirava as mãos do bolso, disse com uma expressão de desagrado:

- Odeio esse frio. – Jane balançou a cabeça positivamente:

- Eu também... – A condução chegou logo e então os dois seguiram para casa. O silêncio pairou um pouco entre os dois. Jane organizava em sua cabeça o que ia escrever em seu diário sobre aquele dia. Já estavam na metade do caminho. Benjamin disse:

- Está tão quieta... gostou do dia? – Ela o olhou com um singelo sorriso nos lábios:

- Adorei, Benjamin. Muito obrigada por me ajudar nisso. – Ele sorriu satisfeito, prosseguindo:

- Que isso, pode contar comigo daqui pra frente. Vou te ajudar. – A mesma que o olhava atenta, balbuciou sincera:

- Obrigada. – Depois olhou para a janela apreciando aquela cidade brilhante. De longe, ela podia ver os prédios iluminados e os letreiros. Gotículas escorregavam pelo vidro gélido. Uma leve garoa caia e encharcava ainda mais tudo sob si.

Nenhum comentário:

Postar um comentário